Tudo Sobre a Pré-eclâmpsia: Entendendo uma Condição Comum na Gravidez
Vamos falar sobre um assunto muito importante para as futuras mamães: a pré-eclâmpsia. Se você está grávida ou planeja engravidar, entender o que é a pré-eclâmpsia, como ela pode afetar a saúde da mãe e do bebê, e como ela é tratada pode fazer toda a diferença durante a gestação.
Acompanhe este texto com calma, pois ele foi escrito para ser bem explicativo, de forma simples e didática.
Mas, antes de começar, deixa eu me apresentar.
Um pouquinho sobre a Dra. Patrícia Kuhn.
Sou médica há mais de 15 anos. Formada pela Faculdade de Medicina Souza Marques. Fiz a minha residência em ginecologia e obstetrícia no Hospital Central do Exército.
Além da formação em ginecologia e obstetrícia, também tenho formação em medicina tradicional chinesa, acupuntura. Estou sempre me atualizando e estudando. Fiz vários cursos de ultrassonografia no Cetrus, em São Paulo.
Os meus atendimentos são humanizados e individualizados. Faço questão de oferecer um serviço diferenciado, exclusivo e personalizado para cada paciente. Atendo, como eu gostaria de ser atendida.
Quantas vezes você foi ao médico e a consulta não durou nem 10 minutos? Já cansei de escutar, “o médico não olhou nem na minha cara.” E confesso, que eu também já passei por isso.
Por isso, as minhas consultas levarão o tempo que for necessário, para que você possa tirar todas as suas dúvidas comigo. Se sentir segura, acolhida e tranquila é o mínimo que eu espero!
Como todos sabem, o repasse dos planos de saúde para os médicos possui um valor extremamente baixo e sem reajuste há anos. Por esse motivo, optei por não trabalhar com planos de saúde.
As minhas consultas são particulares. Assim é consulta é completa, sem pressa, tornando uma consulta muito melhor. Dessa forma, consigo oferecer para as minhas pacientes o atendimento que eu gostaria de ter.
Veja as avaliações sobre o atendimento da Dra. Patrícia Kuhn.
O que é a pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma condição que pode surgir durante a gravidez, geralmente após a 20ª semana. É caracterizada por um aumento da pressão arterial da mãe, além da presença de proteína na urina e ou lesão em outros órgãos como fígado e cérebro por exemplo.
A condição pode afetar a saúde da mãe e do bebê se não for tratada de maneira adequada, e pode se tornar mais grave. A evolução da pré-eclâmpsia não tratada, se chama eclâmpsia, que é uma forma mais severa da doença, com convulsões.
Importante ressaltar que, nem toda gravidez vai evoluir com pré-eclâmpsia. Quando diagnosticada de forma precoce, a pré-eclâmpsia pode ser controlada e tratada adequadamente, permitindo uma gestação tranquila para a mãe e o bebê.
Sinais e sintomas da pré-eclâmpsia:
É importante saber identificar os sinais e sintomas da pré-eclâmpsia, pois muitas vezes, esses não são evidentes logo no início. Os principais sinais e sintomas incluem:
- Pressão alta: Uma das principais características da pré-eclâmpsia é a hipertensão arterial (pressão alta). Isso significa que as artérias da mãe estão tendo mais dificuldade para transportar sangue, o que pode afetar o fluxo sanguíneo para o bebê.
- Presença de proteína na urina: Outro sintoma importante é a presença de proteína na urina, que pode ser detectada durante os exames de rotina que você faz no pré-natal. Isso acontece porque os rins, que devem filtrar e eliminar resíduos, começam a funcionar de forma inadequada.
- Inchaço excessivo (edema): Embora seja normal que a gestante tenha um pouco de inchaço, principalmente nas pernas e pés, o inchaço excessivo, especialmente no rosto e mãos, pode ser um sinal de alerta.
- Dor de cabeça persistente: Uma dor de cabeça forte e contínua, que não passa com analgésicos comuns, também pode indicar que algo não está bem.
- Visão turva ou alterações na visão: Algumas mulheres podem ter visão embaçada ou até perda temporária da visão devido à pressão alta. Ver pontinhos brilhantes (escotomas cintilantes) também pode ser considerado um sinal de alerta.
- Dor no lado direito do abdômen: Uma dor forte no lado direito, na região abaixo das costelas, pode ser um sintoma de pré-eclâmpsia, indicando problemas no fígado.
É importante frisar que muitas dessas condições podem ocorrer em outros momentos da gestação e nem sempre indicam pré-eclâmpsia. No entanto, ao perceber esses sintomas, é essencial procurar o médico para exames mais detalhados.
Como a pré-eclâmpsia afeta a gravidez?
Quando não tratada, a pré-eclâmpsia pode trazer sérios riscos para a saúde da mãe e do bebê.
A pressão arterial elevada pode reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta, o que afeta a quantidade de oxigênio e nutrientes que o bebê recebe. Isso pode resultar em uma série de complicações, dentre elas, em um bebê com baixo peso ao nascer ou até no nascimento prematuro.
Além disso, a pré-eclâmpsia pode causar complicações para a mãe, como:
* Acidente vascular cerebral (AVC): Em casos graves, a pressão arterial muito alta pode causar um AVC.
* Problemas renais: Os rins podem ser danificados, o que dificulta a filtragem dos resíduos do corpo.
* Eclâmpsia: Como mencionado, é a forma mais grave da doença, que pode levar a convulsões e ser fatal se não tratada imediatamente.
Quais são os fatores de risco?
Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de uma mulher desenvolver pré-eclâmpsia. Esses fatores não garantem que a condição ocorrerá, mas aumentam a probabilidade:
* Primeira gestação: Mulheres grávidas pela primeira vez têm um risco maior de desenvolver pré-eclâmpsia, especialmente se for a primeira vez que elas engravidam após os 35 anos.
* Gravidez múltipla: Quando a mulher está grávida de gêmeos ou mais bebês, o risco de pré-eclâmpsia é maior, já que o corpo precisa lidar com mais cargas hormonais e de nutrientes.
* Histórico de pré-eclâmpsia: Se a mulher já teve pré-eclâmpsia em uma gestação anterior, as chances de desenvolver a condição aumentam.
* Idade avançada: Mulheres com mais de 35 anos também têm mais chances de ter pré-eclâmpsia.
* Hipertensão pré-existente: Se a mulher já sofre de pressão alta antes de engravidar, o risco de desenvolver pré-eclâmpsia durante a gravidez aumenta consideravelmente.
* Doenças autoimunes e problemas renais: Mulheres com doenças autoimunes, como lupus, ou com problemas renais, têm um risco mais alto de desenvolver a condição.
* Obesidade: O excesso de peso também pode ser um fator de risco para a pré-eclâmpsia.
Como a pré-eclâmpsia é diagnosticada?
O diagnóstico de pré-eclâmpsia é feito durante o acompanhamento do pré-natal. Isso envolve:
- * Medições da pressão arterial: Durante as consultas de pré-natal, o médico verifica a pressão arterial da gestante. É necessário ter pelo menos duas medidas iguais ou maiores que 140/90 mmHg para se ter o diagnóstico de pressão alta.
- *Exame de urina: A presença de proteína na urina é um dos sinais de que os rins não estão funcionando bem.
- *Exames de sangue: O médico pode solicitar uma série de exames para verificar a função renal, a coagulação sanguínea, a função hepática, dentre outros.
A ultrassonografia também é uma ferramenta valiosa para avaliar o crescimento do bebê, a quantidade de líquido amniótico e placenta, dentre outros parâmetros que são avaliados.
Tratamento da pré-eclâmpsia
O tratamento da pré-eclâmpsia depende da gravidade da condição.
Quando diagnosticada precocemente e em estágio leve, é possível controlar a pressão arterial com mudanças no estilo de vida e com medicamentos.
No entanto, se a pré-eclâmpsia for mais grave, a única forma de tratar a condição de forma eficaz é o parto.
O médico pode recomendar a indução do parto ou uma cesárea, dependendo da situação e da saúde da mãe e do bebê. Isso é especialmente necessário se a pressão arterial estiver muito alta ou se houver sinais de que o bebê não está recebendo oxigênio e nutrientes suficientes.
Cuidados após o parto
Após o parto, a pressão arterial da mãe geralmente volta ao normal, mas em algumas mulheres, ela pode continuar elevada. O risco de hipertensão crônica pode se tornar uma preocupação a longo prazo.
Por isso, é importante que o acompanhamento pós-parto seja cuidadoso, com monitoramento da pressão arterial e exames regulares.
Prevenção
Embora não seja possível prevenir totalmente a pré-eclâmpsia, algumas atitudes podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvê-la:
Manter um peso saudável: Ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regulares, sempre com a orientação do médico, pode ajudar.
Controlar doenças pré-existentes: Mulheres com hipertensão ou diabetes devem controlar essas condições antes e durante a gravidez, com o acompanhamento médico adequado.
Realizar o pré-natal completo: O acompanhamento regular com o obstetra é fundamental para detectar qualquer problema logo no início e tratar de forma adequada.
Conclusão
A pré-eclâmpsia é uma condição séria, mas com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, muitas mulheres têm uma gestação tranquila e saudável, e seus bebês nascem saudáveis.
Se você está grávida, é fundamental realizar todas as consultas do pré-natal e ficar atenta aos sinais que seu corpo lhe dá.
A prevenção, o acompanhamento constante e o cuidado médico são os maiores aliados da gestante para evitar complicações e garantir a saúde de mãe e bebê.
Meu recado final para você:
Se você está grávida ou conhece alguém que esteja, compartilha esse texto. Um bom acompanhamento de pré-natal é extremamente importante e pode salvar vidas!
Surgirão muitas dúvidas e inseguranças durante a gravidez! Nós iremos abordar todas as suas dúvidas, inseguranças durantes as consultas de pré-natal.
O mais importante é que você se sinta segura, acolhida e à vontade com a sua obstetra. Esse é um momento único e mágico na sua vida, mas que também pode ser desafiador.
Vamos seguir juntas nessa linda, surpreendente e maravilhosa jornada que é a maternidade?!
Conte comigo!
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