Sumário
- 1. O que é diabetes gestacional?
- 2. Conhecendo alguns fatores de risco:
- 3. Saiba quais são os principais sintomas:
- Consulta com a Ginecologista e Obstetra – Dra. Patrícia Kuhn
- Veja alguns comentários das pacientes sobre a Dra. Patrícia Kuhn
- 4. Diagnóstico:
- 5. Interpretando os Resultados
- 6. Virei diabética na gestação e agora, o que eu faço?
- Materiais necessários para as medidas das glicemias
- 7. Saiba quais são os sinais de alerta:
- 8. Tratamento: os 3 pilares
- 9. Complicações
- 10. Depois que o bebê nasce, o que eu faço?
- Considerações finais
- Recado da Dra. Patrícia Kuhn para você:
1. O que é diabetes gestacional?
Como o próprio nome já diz, é um tipo de diabetes que aparece durante a gravidez. Essa condição ocorre porque durante a gestação existe uma produção de hormônios que atrapalham a função da insulina.
Quando o corpo não tem insulina suficiente (seja pela resistência ou pela diminuição da sua produção) para atender às necessidades aumentadas durante a gestação, a doença acontece. Resultando assim, em um aumento nos níveis de açúcar no sangue (glicemia).
A diabetes gestacional geralmente desaparece após o parto.
2. Conhecendo alguns fatores de risco:
- Histórico familiar de diabetes;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Idade superior a 25 anos;
- Histórico de diabetes gestacional em gestações anteriores;
- Ganho excessivo de peso durante a gestação;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Uso regular de glicocorticóides;
- História de feto com peso maior a 4 kg;
- História de perda fetal inexplicada ou malformaçãofetal.
3. Saiba quais são os principais sintomas:
A diabetes gestacional raramente causa sinais e sintomas. No entanto, alguns podem incluir:
- * Aumento da sede;
- * Fome excessiva;
- * Aumento da frequência urinária;
- * Fadiga.
Sinais e sintomas esses, que são muito parecidos com os da própria gestação!
Me diz aí uma gestante que não sente vontade de fazer xixi o tempo todo? Ou que não se sente muito cansada, principalmente no início da gestação?
Por isso, é tão importante o acompanhamento com uma médica especializada, a obstetra.
Consulta com a Ginecologista e Obstetra – Dra. Patrícia Kuhn
A Dra. Patrícia Kuhn é especialista em ginecologia e obstetrícia. Fez a sua residência no Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro.
Há anos trabalha com pré-natal de alto risco e nas linhas de frente das emergências obstétricas em algumas maternidades do Rio de Janeiro.
Além de estar sempre se atualizando, também realizou diversos cursos de ultrassonografia obstétrica no Cetrus, em São Paulo.
O pré-natal é um dos momentos mais importantes da sua gestação. Ele avalia o bem-estar da mãe e do bebê de forma contínua, minimizando assim os riscos na gestação.
A Dra. Patrícia faz questão de oferecer um serviço diferenciado, exclusivo e personalizado para cada paciente.
Nunca irá atender com pressa. Suas consultas levarão o tempo que for necessário, para que cada paciente possa tirar todas as dúvidas.
Segurança, acolhimento e tranquilidade é o mínimo esperado!
Veja alguns comentários das pacientes sobre a Dra. Patrícia Kuhn
4. Diagnóstico:
Essa patologia pode ser diagnosticada através de um simples exame de sangue, a glicemia (nível de açúcar no sangue) com o jejum apropriado.
Também pode ser diagnosticada entre a 24ª e 28ª semanas de gestação através de um outro teste de glicemia. O TOTG75, ou Teste Oral de Tolerância à Glicose de 75g.
O que é o TOTG 75?
O TOTG 75 é um exame que avalia como o corpo processa a glicose.
É realizado em duas etapas: o sangue da paciente é colhido em jejum, depois a paciente ingere uma solução contendo 75 gramas de glicose e, em seguida, amostras de sangue são coletadas em intervalos específicos para medir os níveis de glicose.
Procedimento:
- Preparação: a paciente deve estar em jejum por pelo menos 8 horas antes do teste.
- Coleta Inicial: Um primeiro sangue é coletado para medir a glicose em jejum.
- Ingestão da Glicose: O paciente ingere a solução de 75 g de glicose.
- Coletas Posteriores: Amostras de sangue são coletadas geralmente 1 e 2 horas após a ingestão da glicose para medir os níveis de glicose.
5. Interpretando os Resultados
Os resultados são analisados com base nos níveis de glicose:
- * Jejum: Normal < 92 mg/dL.
- * 1 hora: Normal < 180 mg/dL, Diabetes ≥ 180 mg/dL.
- * 2 horas: Normal < 153 mg/dL, Diabetes ≥ 153 mg/dL.
Vale ressaltar, que basta somente uma medida para fazer o diagnóstico de diabetes gestacional.
Através de um simples exame, o diagnóstico pode ser feito o quanto antes, permitindo assim intervenções.
Como é uma doença silenciosa, é muito importante fazer todos os exames durante o pré-natal.
6. Virei diabética na gestação e agora, o que eu faço?
Como a diabetes é uma doença silenciosa, a melhor coisa que podemos fazer, é monitorar o nível de açúcar no sangue. Essas medidas das glicemias, são essenciais para o controle da doença.
Como e quando são realizadas as medidas das glicemias nas gestantes
- * Glicemia antes das principais refeições: a primeira medida é pela manhã, após um jejum de pelo menos 8 horas, também antes do almoço e jantar.
- * Glicemia Pós-Prandial: medida 1 ou 2 horas após as refeições (café da manhã, almoço e jantar).
Ou seja, no total a grávida terá que fazer 6 medidas da glicemia ao dia. Serão três medidas antes das refeições e três depois.
Essas medidas são extremamente importantes, pois elas irão determinar qual tipo de tratamento a paciente terá que seguir.
Materiais necessários para as medidas das glicemias
- Aparelho de Glicemia: Um medidor de glicose;
- Lanças ou lancetas: Para furar a pele e coletar a gota de sangue;
- Algodão ou Gaze: Para usar após furar o dedo;
- Diário de Glicemia: Para registrar os resultados.
O importante é que essas aferições sejam registradas todos os dias, seis vezes ao dia. Lembrete importante para as grávidas, não adianta anotar e não levar no dia da consulta de pré-natal.
Pois será baseado nesse registro, esse diário das glicemias, que a obstetra irá determinar qual o tipo de tratamento será necessário.
Antes de medir a glicemia, o que devo fazer
- Higienização: Lave bem as mãos com água e sabão ou use um antisséptico.
- Preparação do Aparelho: Verifique se o medidor está funcionando corretamente.
- Furar o Dedo: Use a lança para furar a lateral do dedo (evitando a ponta, que pode doer mais).
- Coletar a Gota de Sangue: Toque a gota de sangue na tira de teste do medidor.
- Ler o Resultado: O aparelho mostrará os níveis de glicose.
- Registrar: Anote os resultados no diário de glicemia, incluindo se foi antes ou depois das refeições (1 ou 2 horas depois).
Cuidados para serem tomados
- * Troca de Lanceta: Use uma nova lança para cada aferição. Isso evita infecções.
- * Mudar o local que vai furar o dedo: Varie os dedos para minimizar o desconforto.
- * Consultar o Médico: Mantenha o médico informado, principalmente sobre as dificuldades que possam surgir.
7. Saiba quais são os sinais de alerta:
Fique atenta a sintomas de hipoglicemia:
- * Tremores:
- * Sudorese;
- * Tontura.
8. Tratamento: os 3 pilares
1. Dieta equilibrada e controle de peso: uma dieta saudável inclui frutas, legumes e grãos integrais e limita carboidratos altamente refinados (doces, pães e massas brancas).
2. Exercícios físicos, se autorizados pela obstetra: a atividade física regular reduz a glicemia, estimulando o corpo a mover a glicose para as células e também aumenta a sensibilidade das células à insulina (seu corpo vai precisar para produzir menos insulina para transportar açúcar).
3. Medicamentos: quando a dieta e o exercício físico não são suficientes, existem medicamentos que ajudam a diminuir o açúcar no sangue.
9. Complicações
Se não controlado, o diabetes gestacional pode levar a várias complicações, tanta para a mãe quanto para o bebê. Algumas delas são:
Para a Mãe:
- Hipertensão Gestacional;
- Parto Prematuro (controle glicêmico ruim);
- Cesariana (tamanho do feto);
- Diabetes Tipo 2 (maior risco de desenvolver diabetes tipo II no futuro);
- Infecção Urinária;
- Maior risco de hemorragia pós-parto.
Para o Bebê:
- Macrossomia: O bebê pode ter um crescimento excessivo (macrossomia), o que aumenta o risco de complicações durante o parto.
- Hipoglicemia Neonatal: Após o nascimento, os bebês podem apresentar níveis baixos de glicose no sangue.
- Síndrome do Desconforto Respiratório: A diabetes gestacional pode aumentar o risco de problemas respiratórios em recém-nascidos.
- Obesidade e Diabetes na Infância: Crianças que nasceram de mães com diabetes gestacional têm maior risco de obesidade e diabetes tipo 2 na infância e na adolescência.
- Icterícia (pele amarela);
- Morte súbita fetal.
10. Depois que o bebê nasce, o que eu faço?
Não, você não precisa continuar furando o dedo 6 x por dia!
Após o parto, a paciente deve fazer de novo o exame da glicemia. O ideal é realizar de 6 a 8 semanas após o parto para saber se está tudo bem.
Mulheres que tiveram diabetes gestacional têm risco maior de ter diabetes em uma próxima gestação.
Considerações finais
É fundamental que as gestantes façam o pré-natal, realizando os exames necessários para detectar o diabetes gestacional de forma adequada e precoce.
Uma vez tendo o diagnóstico de diabetes na gestação, é essencial o controle das glicemias. Pois é justamente esse controle que ditará qual tipo de tratamento será necessário.
Escolha uma médica especialista que tenha experiência em pré-natal de alto risco.
A sua segurança e a do seu bebê valem muito!
Recado da Dra. Patrícia Kuhn para você:
Surgirão muitas dúvidas nesse momento. Nós iremos abordar todas essas e muito mais durante as suas consultas de pré-natal.
O mais importante é que você se sinta segura, acolhida e à vontade com a sua obstetra. Esse é um momento único e mágico na sua vida, mas que também pode ser desafiador.
Vamos seguir juntas nessa linda, surpreendente e maravilhosa jornada que é a maternidade?! Conte comigo!
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