Dra. Patrícia Kuhn

Tudo o que você precisa saber sobre o preventivo

Exame preventivo ou Papanicolau- procure a sua ginecologista, Dra. Patrícia Kuhn.

Exame do Papanicolau ou o preventivo é um exame ginecológico indicado para mulheres sexualmente ativas. Tem como objetivo avaliar o colo do útero.

Durante o exame, a ginecologista procura sinais que indiquem infecção por bactérias, fungos e pelo papiloma vírus humano, mais conhecido pela sigla HPV (“human papiloma virus”). O HPV é o principal fator de risco para câncer de colo de útero, sendo ele responsável por 99% desse tipo de câncer.

Esse exame é rápido, não necessita de muito preparo. É realizado no próprio consultório da ginecologista. Apesar de não doer, algumas mulheres podem sentir um pequeno desconforto ou cólica, quando a médica faz a coleta das células no útero.

A amostra recolhida é enviada para o laboratório para a análise, sendo o resultado liberado em até 15 dias.

Qual médico avalia o Papanicolau ou o preventivo?

A médica que avalia o Papanicolau é a ginecologista.

A Dra. Patrícia Kuhn é especialista em ginecologia, ou seja, a especialidade médica que estuda as patologias do aparelho genital feminino, entre eles, o câncer de colo de útero.

Como você verá adiante, o Papanicolau é um exame de rastreamento do câncer de colo de útero.

Por isso, a Dra. Patrícia é altamente capacitada para interpretar o resultado desse exame.

A Dra. Patrícia tem mais de 15 anos de experiência. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina Souza Marques e em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Central do Exército. Atende na Barra da Tijuca, no Rio de JaneiroRJ.

Veja os comentários sobre o atendimento da Dra. Patrícia Kuhn

Para que serve

O exame Papanicolau pode ser indicado para:

  1. Avaliar a saúde do colo do útero;
  2. Investigar infecções vaginais, como candidíase ou vaginose bacteriana;
  3. Identificar e diagnosticar infecções sexualmente transmissíveis, como tricomoníase, clamídia, gonorreia, sífilis ou HPV;
  4. Verificar se existem sinais de câncer de colo do útero;
  5. Avaliar a presença de cistos de Naboth (nódulos formados devido ao acúmulo de líquido liberado por glândulas presentes no colo do útero).

Ou seja, o Papanicolau tem como objetivo avaliar o colo do útero e identificar possíveis alterações o mais precoce possível. O câncer de colo uterino quando descoberto precocemente tem uma taxa de cura alta.

Como se preparar para realizar a coleta do preventivo

Confira aqui as 3 dicas para seguir 48-72 horas antes do exame:

  1. Evitar relações sexuais, mesmo com o uso de preservativos;
  2. Evitar duchas vaginais;
  3. Evitar cremes ou pomadas vaginais e anticoncepcionais vaginais.

É importante ressaltar também que, no momento do exame a mulher não pode estar menstruada. A presença de sangue pode alterar o resultado do exame.

Como é feito o exame

O exame é simples, rápido, indolor, e é realizado no próprio consultório da ginecologista.

No momento do exame, a mulher fica em posição ginecológica e é introduzido no canal vaginal um espéculo (um dispositivo médico para visualização do colo uterino), o famoso “bico de pato”.

Em seguida, a médica usa uma espátula ou escovinha para coletar uma pequena amostra de células do colo do útero.  Essas células serão enviadas para análise em laboratório. Além disso, a partir do material coletado durante o exame, também é possível identificar a presença de outros microrganismos.

O exame não dói, no entanto, pode ser sentido um leve desconforto ou cólica durante a sua realização.  Cabe ressaltar, que a sensação é passageira, mas os benefícios são inestimáveis. 

Quando fazer o preventivo

O exame é indicado para mulheres a partir do início da vida sexual até os 65 anos. No entanto, pelo Ministério da Saúde, é priorizado para mulheres entre 25 e 65 anos.

Esse exame deve ser realizado anualmente, porém caso o resultado seja negativo ou positivo, esse intervalo será diferente. 

Se o exame for negativo por 2 anos seguidos, o exame pode ser realizado a cada 3 anos.  Essa recomendação existe devido a evolução lenta do câncer de colo de útero. 

No caso de mulheres a partir dos 64 anos que nunca fizeram o Papanicolau, a recomendação é que sejam realizados dois exames com intervalo de 1 a 3 anos entre os exames.

No caso de mulheres com lesões indicativas de câncer de colo de útero, o acompanhamento é feito a cada seis meses.

O câncer de colo de útero é causado pelo Papilomavírus Humano, o HPV, que deve ser identificado o quanto antes para que se possa prevenir o seu desenvolvimento.

Papanicolau na gravidez

Pode ser realizado durante a gravidez até o quarto mês no máximo. Preferencialmente, na primeira consulta de pré-natal, caso a mulher não o tenha feito recentemente. O exame é seguro para o bebê, pois não atinge o interior do útero.

Entendendo mais sobre o HPV

A IDENTIFICAÇÃO DO HPV NO EXAME PREVENTIVO.

O HPV é um vírus que infecta a pele e as mucosas, sendo uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comum.

Existem mais de 100 tipos de HPV e aproximadamente 40 deles podem infectar a região genital. Alguns tipos se desenvolvem e causam as verrugas genitais, enquanto outros podem causar as alterações celulares que, se não tratadas, podem evoluir para câncer.

A maioria das infecções por HPV é assintomática, ou seja, não causa nenhum sintoma ou sinal. Após um período podem desaparecer espontaneamente, outras não. 

A vacinação e exames regulares (Papanicolau, teste para o HPV e a colposcopia) são essenciais para a prevenção e detecção precoce de complicações associadas ao vírus.

Quando suspeitar de infecção pelo HPV

Na maioria das vezes, ela é assintomática. Às vezes, existem apenas lesões que são inaparentes, que não são visíveis ao olho nu.  Essas lesões se tornam visíveis apenas após aplicação de alguns reagentes, e por meio de técnicas de magnificação (colposcopia).

Algumas vezes, essas lesões se tornam visíveis, sendo o condiloma (verruga) na região genital, o principal sintoma. Essas verrugas podem surgir meses após a infecção pelo vírus.  Na maioria das vezes, costumam melhorar mesmo sem tratamento.

Embora sejam mais comuns na região genital, as verrugas podem aparecer em qualquer lugar infectado pelo vírus, incluindo lábios, bochechas, língua, céu da boca ou garganta. O condiloma genital é altamente contagioso.

Em caso de suspeita de HPV é importante consultar uma ginecologista. Os homens também são acometidos e não podem ser esquecidos. Nesses casos, o ideal é que sejam avaliados por um urologista. 

O importante é que o diagnóstico seja o mais precoce possível.  

Os principais sintomas de HPV incluem:

  1. Verrugas na região genital ou anal;
  2. Verrugas nos lábios, bochechas, língua, céu da boca ou garganta;
  3. Desconforto no local da verruga;
  4. Coceira na região da verruga.

Transmissão do HPV

A principal forma de transmissão do HPV é por meio da relação sexual desprotegida.   A transmissão do HPV acontece a partir do contato íntimo com uma pessoa portadora do vírus. Essa transmissão pode acontecer por sexo vaginal, oral ou anal ou até durante o parto.

O HPV é altamente infectante e, por isso, basta o contato com a pele onde o vírus está presente para que exista a infecção.

Embora o uso do preservativo diminua muito as chances de contaminação pelo o HPV, se a área contaminada não estiver devidamente coberta pelo preservativo há risco de transmissão.

Portanto, a infecção ainda pode ocorrer por meio do contato com regiões desprotegidas durante as relações sexuais.

Ainda não se sabe todas as formas de transmissão do vírus HPV, mas acredita-se que quando não há verrugas visíveis, mesmo que microscopicamente, não possa haver transmissão.

Resumindo,as principais formas de transmissão do HPV são:

  1. Relação sexual desprotegida ou até mesmo protegida;
  2. Contato pele a pele, bastando que uma área ferida seja friccionada na área infectada com HPV do outro;
  3. Transmissão vertical, em que há transmissão do vírus HPV da mulher infectada para o bebê durante o parto normal.

Alguns fatores de risco:

  • Início precoce da vida sexual;
  • Ter muitos parceiros sexuais;
  • Parceiro sexual (risco 4-5 vezes maior de câncer de colo de útero em mulheres que tiveram parceiros com câncer de pênis);
  • Ter outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis);
  • Tabagismo;
  • Imunidade baixa (HIV positivas, portadoras de lúpus, diabetes, por exemplo).

Vacina contra o HPV

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A vacinação é de extrema importância.  É a principal forma de prevenir infecções pelo HPV.  Lembrando que ele é o principal causador de câncer de colo de útero.

Além de causar mais de 99% dos cânceres de colo uterino, ele também está associado ao câncer de vulva, vagina, pênis, ânus e orofaríngeos.

A vacina é eficaz na proteção contra os tipos mais comuns e contra aqueles vírus considerados de alto risco. 

O ideal é que seja administrada antes do início da vida sexual. A vacina oferece uma proteção duradoura e reduz a propagação do vírus na população.

A vacinação é um ato de amor.  Também é fundamental para a prevenção do câncer e outras doenças relacionadas ao HPV.

Tipos de vacinas disponíveis:

  1. Vacina Quadrivalente: Protege contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Os tipos 16 e 18 são os responsáveis por aproximadamente 80% dos casos de câncer cervical, enquanto os tipos 6 e 11 causam a maioria das verrugas genitais.
  2. Vacina Nonavalente: Oferece proteção contra nove tipos de HPV (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58). Esta vacina amplia a proteção ao incluir tipos adicionais que estão associados a cânceres e verrugas genitais.

Quem deve tomar a vacina:

Rede pública:  somente disponível a vacina quadrivalente

  • * Meninas e meninos de 9 a 14 anos (dose única);
  • * Meninas e meninos até 19 anos (que não conseguiram se vacinar, está sendo realizada excepcionalmente);
  • * Adultos até 45 anos imunocomprometidos, incluindo pessoas com HIV e AIDS, pacientes oncológicos, ou transplantados (3 doses – intervalo de 2 meses após a 1ª dose e após 4 meses da 2ª dose);
  • * Adultos até 45 que façam uso de PrEP (Profilaxia Pré Exposição) ao HIV (3 doses – intervalo de 2 meses após a 1ª dose e após 4 meses da 2ª dose);
  • * Vítimas de violência sexual (2 doses de 9 a 14 anos com intervalo de 6 meses) e 15 a 45 anos (3 doses – intervalo de 2 meses após a 1ª dose e após 4 meses da 2ª dose);

A vacina nonavalente é oferecida somente na rede particular. Pode ser feita para meninos e meninas após os 9 anos de idade e adultos até os 45 anos.

 São 3 doses, com intervalos de 0-2-6 meses após a 1ª dose e pode ser feita em que já fez a quadrivalente. Nesses casos, tem que esperar um período mínimo de 1 ano após a última dose da vacina quadrivalente.

Tratamento do HPV

Aproximadamente, 90% das infecções pelo HPV curam-se sozinhas após 1 ou 2 anos.

Essa infecção não tem tratamento, mas sim a cura. Não existem medicamentos que matem o vírus ou acelerem o processo de cura. A única opção é esperar que o sistema imunológico elimine espontaneamente o vírus com o passar do tempo.

Nos pacientes que desenvolvem verrugas, o tratamento é a remoção da verruga, mas isso não significa que o vírus tenha sido eliminado do organismo. O paciente continua infectado e pode desenvolver novas verrugas enquanto o HPV estiver presente.

Quando uma lesão pré-maligna é identificada, a ginecologista a remove cirurgicamente, mas isso não significa que a paciente ficou curada do HPV. Se ela permanecer infectada, novas lesões potencialmente malignas podem surgir ao longo dos anos.

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